Sem definição sobre a recuperação
da estação hidroviária, as embarcações que chegam a Alenquer, no oeste do Pará,
continuam ancorando na beira do Rio Surubiú. A estação hidroviária do município
foi desativada há mais de cinco anos, porque não oferecia segurança para
passageiros e embarcações.
A estação operou por quatro
meses. Desde que foi desativada, as embarcações têm que operar em portos
improvisados, o que tem prejudicado o embarque e desembarque de passageiros e
cargas. O desembarque de cargas depende da habilidade dos carregadores que
devido a má conservação do local, correm o risco de sofrer acidentes.
O carregador, Francisco Paulo da
Mota, ressalta a dificuldade de trabalhar no local. “Não tem condições de vir
trabalhar aqui. Quando chove fica muito ruim. É ruim pra gente, é ruim para os
idosos baixarem aqui, no tempo que está chovendo”.
A temporada de chuvas ainda não
começou, mas a lama já causa transtornos para os motoristas. E quem precisa
desembarcar mercadorias, tem que passar por vários barcos, devido a falta de
espaço no porto.
De acordo com o carregador,
Lenilson de Souza, a situação dificulta o desembarque de mercadorias.
“Dificulta muito o trabalho, porque, às vezes, uma coisa que é para ser tão rápida,
torna muito complicado para tirar uma mercadoria simples, fica muito difícil.
Não tem nenhum tipo de segurança. Dia de chuva é um sufoco, o sol quente nem tanto, porque o
sol não estraga a mercadoria”.
A dona de casa, Hilda Lúcia, foi
buscar uma encomenda e teve que se arriscar para chegar ao barco. Ela reclama
do descaso com o porto. “Assim é escorregadio, essa lama que está aqui é essa a
dificuldade para subir a ponte”.
A Prefeitura de Alenquer informou
que já fez um levantamento técnico da situação e que já tem R$ 600 mil para
serem aplicados na recuperação do porto, mas esse valor não seria suficiente
para custear toda a obra.
A prefeitura ainda ressaltou que
está tentando conseguir apoio do governo do Estado para realizar o trabalho de
recuperação do porto.