Perto de 69% dos processos
instaurados por corrupção no setor público envolvem câmaras municipais.
A ultimas semanas das
sessões da Câmara de Alenquer foi marcada pela mudança de postura, no mínimo suspeita,
de vários vereadores que vinham criticando a gestão da saúde no Município e
apoiaram a CPI.
Na tribuna disseram horrores
em sessões anteriores, mas quando chegou a hora de questionar os diretores de
Saúde responsáveis pela administração do Centro Municipal de Saúde eles
calaram-se. Um deles sequer ficou na sessão.
Nos bastidores corre a
informação de que os vereadores foram chamados no Executivo a pedido do
prefeito Flavio Marreiro para que parassem com as críticas que estavam ajudando
a piorar ainda mais a imagem da administração perante a opinião pública (a
desaprovação do governo atinge aproximadamente 80%).
O acordo seria uma trégua
até os médicos do Programa Mais Médicos começarem a atuar. Também houve ameaças
do governo. “Aquele vereador da base aliada que insistir em atacar o próprio
governo, tipo fogo amigo, vai sofrer as consequências” teria avisado na reunião
um interlocutor do prefeito.
Os vereadores rebeldes
entenderam o recado e temendo demissão dos assessores que eles indicaram na
prefeitura cumpriram direitinho o que foi pedido e deixaram o vereador DDEZINHO
criador da CPI a ver navios. Na sessão da Câmara, ninguém questionou, pelo
contrário, até tentaram elogiar o trabalho no Centro Municipal de Saúde, onde
sobram denúncias e reclamações.
O QUE DIZER DOS VEREADORES
QUE HOJE SE CALAM.
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